Cerca de 41% das empresas de todo o mundo e 31% na europa sentem a escassez de profissionais e referem que as suas equipas necessitam de reforço de recursos. Os inquiridos europeus defendem que a falta de oportunidades de crescimento na organização (64%), o excesso de stress (58%) e o trabalho monótono e sem novos desafios (47%) são algumas das razões que dificultam a retenção de profissionais, demonstrando que a falta de formação adequada não é o único fator de descontentamento.
De acordo com este estudo, as empresas estão a investir montantes significativos na melhoria das competências das suas equipas de cibersegurança: 43% das organizações afirmam que costumam gastar entre 100 e 200 mil dólares por ano em cursos de segurança da informação, enquanto 31% chegam a investir mais de 200 mil dólares em programas de formação. Os restantes 26% afirmam que costumam pagar menos de 100 mil dólares por iniciativas educativas.[2]
Além disso, a investigação também revelou que muitos profissionais de cibersegurança a nível mundial (39%) e na europa (37%) acreditam que a formação empresarial não é suficiente. Para se manterem competitivos no mercado e manterem os seus conhecimentos e competências atualizados, estão dispostos a pagar cursos de formação adicionais com o seu próprio dinheiro.
No entanto, os profissionais de cibersegurança também referem que a formação disponível tem dificuldade em acompanhar a rápida evolução do setor e não consegue fornecer os programas de formação necessários a tempo. A investigação mostra que a escassez de cursos que abrangem novas áreas desafiantes foi o principal problema para quem procura formação em cibersegurança a nível mundial (49%), um valor mais baixo que o apresentado na Europa (55%).
Cerca de 47% dos inquiridos a nível mundial e 50% a nível europeu também afirmaram que os formandos tendem a esquecer o que aprenderam devido à falta de oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos, pelo que os cursos foram inúteis para eles.
A necessidade de pré-requisitos especiais de formação, como a codificação e a matemática avançada, que não foram especificados na fase de pré-registo, também foi problemática para profissionais em todo o mundo (45%) e na Europa (51%).
“Com um cenário de ameaças em constante evolução, as empresas devem melhorar continuamente as competências dos profissionais de cibersegurança, de modo a estarem bem preparadas para ciberataques sofisticados. O desenvolvimento de especialistas dentro da empresa e a criação de competências internas podem ser uma estratégia eficaz para as organizações que pretendem manter os colaboradores existentes, permitindo que eles cresçam profissionalmente, em vez de procurarem constantemente novos candidatos e verificarem os seus antecedentes profissionais e competências práticas”, defende Veniamin Levtsov, VP, Center of Corporate Business Expertise da Kaspersky.
“Para as organizações servidas por Fornecedores de Serviços Geridos, também é importante manter um nível de especialização bastante elevado a nível interno e utilizar a mesma linguagem quando se discute o âmbito dos serviços e o Acordo de Nível de Serviço com eles.”
Para melhorar eficazmente as competências das equipas de cibersegurança, os especialistas da Kaspersky recomendam o seguinte:
- Investir em cursos de cibersegurança de qualidade, de modo a manter os profissionais atualizados com os conhecimentos mais recentes. Com a formação Kaspersky Expert Training, os profissionais de InfoSec podem melhorar as suas competências para poderem defender as suas empresas contra ataques.
- Utilize simuladores interativos para testar os conhecimentos dos profissionais e avaliar a forma como pensam em situações críticas. Por exemplo, com o novo jogo interativo de ransomware da Kaspersky, é possível observar a forma como o departamento de TI da empresa implementa, investiga, responde a um ataque e toma decisões vitais com a personagem principal do jogo.
- Forneça aos seus profissionais de InfoSec uma visibilidade aprofundada das ciberameaças que têm a sua organização como alvo de um ataque. O Threat Intelligence mais recente fornecer-lhes-á uma visão geral rica e significativa de todo o ciclo de gestão de incidentes e ajudará a identificar atempadamente os riscos.
O relatório completo com mais conclusões sobre o défice global de profissionais qualificados de InfoSec está disponível neste link.
[1] Para este estudo, a Kaspersky questionou 1.012 profissionais InfoSec dos EUA, DACH (Alemanha, Áustria, Suíça), Reino Unido, França, Itália, Espanha, Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo), Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile, Arábia Saudita, EAU, Turquia, África do Sul, Nigéria, Egipto, Índia, Japão, China, Malásia, Singapura, Indonésia, Rússia.
[2] Os números baseiam-se nas respostas a uma pergunta aberta.