Mineiros maliciosos fazem-no recorrendo a vários utilizadores, capitalizando a energia dos seus computadores e dispositivos sem o seu conhecimento. Esta ameaça é cada vez mais utilizada, tendo substituído o ransomware pelo tipo de software malicioso mais comum, de acordo com uma investigação da Kaspersky Lab. No entanto, o surgimento do PowerGhost acrescenta uma nova dimensão à tendência, revelando que os criadores destes mineiros maliciosos estão a alterar o foco dos seus ataques de forma a fazer mais dinheiro, uma estratégia que os investigadores da Kaspersky Lab já haviam previsto.
O PowerGhost é distribuído dentro das redes corporativas, infetando igualmente servidores e redes de trabalho. As principais vítimas destes ataques, até à data, têm sido empresas sediadas no Brasil, Colômbia, Índia e Turquia. Curiosamente, o PowerGhost recorre a múltiplas técnicas fileless (sem ficheiro) para entrar nas redes corporativas sem levantar suspeitas – o que significa que este mineiro não é diretamente armazenado no disco, aumentando a complexidade e dificuldade de deteção e reparação.
As infeções dos computadores ocorrem remotamente através de exploits ou ferramentas de administração. Quando o computador é infetado, o principal ficheiro do mineiro é transferido e executado sem ser armazenado no disco rígido. Quando isto acontece, os hackers podem fazer com que o mineiro se atualize automaticamente, dissemine pela rede e inicie a cripto-mineração.
“O ataque a empresas por parte do PowerGhost com o objetivo de instalar mineiros está a gerar novas preocupações quanto aos softwares de cripto mineração. O mineiro que examinámos revelou que os utilizadores individuais já não são suficientes – os hackers estão agora a direcionar a sua atenção para as empresas, tornando a mineração de criptomoedas uma ameaça para a comunidade empresarial,” afirmou Vladas Bulavas, analista de malware na Kaspersky Lab.
Os produtos da Kaspersky Lab detetam esta ameaça como:
- PDM:Trojan.Win32.Generic
- PDM:Exploit.Win32.Generic
- HEUR:Trojan.Win32.Generic
- not-a-virus:HEUR:RiskTool.Win32.BitMiner.gen
Para reduzir o risco de infeção com mineiros, os utilizadores são aconselhados a:
- Atualizar sempre o software de todos os dispositivos que usam. Para prevenir os mineiros de explorar diferentes vulnerabilidades, os utilizadores devem utilizar ferramentas que podem detetar automaticamente vulnerabilidades, além de transferir e instalar patches.
- Não ignorar alvos menos óbvios, como sistemas de gestão de filas, terminais POS ou mesmo máquinas de venda automática. Estes equipamentos podem também ser utilizados para minerar criptomoedas.
- Utilizar uma solução de segurança específica e fortalecida com gestor de aplicações, detetor de comportamento e componentes de prevenção de exploits que monitorizam atividades suspeitas de aplicações, além de bloquear a execução de ficheiros maliciosos. A solução Kaspersky Endpoint Security for Business inclui estas funções.
- De forma a proteger o ambiente corporativo, educar os colaboradores e as equipas de segurança IT para manterem informações importantes armazenadas à parte e com acesso restrito.
Mais informações sobre a ameaça PowerGhost disponíveis no site em Securelist.com.