Reuniões frequentes tendem a ser vistas como uma das coisas mais desagradáveis na rotina de escritório. A transição para o trabalho remoto e reuniões virtuais não ajudou a resolver o problema, uma vez que as pessoas revelaram algum cansaço em relação a videochamadas, assim como maior desgaste no final de um dia de trabalho. O recente estudo da Kaspersky demonstra que alguns colaboradores procuraram, inclusive, “uma desculpa” para não estarem presentes em algumas calls, fingindo que o dispositivo de trabalho estava “em atualização”.
Esta justificação pode ser bem aceite pelas várias equipas da empresa, uma vez que a atualização de dispositivos é algo faz parte do dia-a-dia de trabalho. Além de falharem compromissos, 30% dos colaboradores portugueses revelaram também ter perdido dados ou partes do seu trabalho que não estavam guardadas, quando o computador ou portátil foi reiniciado após a instalação de atualizações.
Por outro lado, alguns colaboradores veem este tempo de inatividade do dispositivo como uma oportunidade para ”relaxar”, com 19% dos inquiridos em Portugal a admitir que instalaram propositadamente atualizações para gastar tempo de trabalho. No entanto, a maioria dos colaboradores não gosta quando o seu trabalho é interrompido, visto que 70% portugueses afirmaram desejar que as atualizações aconteçam fora do horário de trabalho, de forma a manterem a sua produtividade.
Apesar de as atualizações serem, normalmente, realizadas durante o horário de trabalho em modo silencioso e não afetarem o fluxo de trabalho, para que a atualização se torne efetiva, é necessário reiniciar o sistema. Contudo, existindo assuntos ou temas que não podem ser adiados, o utilizador tem a possibilidade de agendar o reinício do dispositivo. Porém, existem pessoas que não veem as notificações ou que não querem realizar as atualizações necessárias. Desta forma, existe o risco de a reinicialização ocorrer no momento menos desejado.
Para tornar as atualizações convenientes para colaboradores e administradores de IT, a Kaspersky recomenda:
- Agendar as atualizações para o final do dia de trabalho. Nesta altura, a atividade dos colaboradores normalmente já é menor e os dispositivos ainda estão ligados e podem efetuar as atualizações necessárias;
- Se possível, utilizar wake-on-LAN. Esta tecnologia permite que as plataformas de trabalho sejam ligadas através da rede, para que as atualizações possam ser realizadas fora do horário de trabalho;
- Informar a equipa sobre a função AutoSave, disponível em alguns softwares de trabalho – isto irá guardar automaticamente todas as alterações;
- Instalar uma solução de proteção de endpoint com ferramentas de gestão de patch, como o Kaspersky Endpoint Security for Business. Além disso, as tecnologias de deteção de comportamento e prevenção de exploits não permitem que os cibercriminosos se aproveitem de problemas de segurança não corrigidos.
Para visualizar o estudo, aceda a este link.
Em abril de 2021, a Kaspersky contratou a Savanta para realizar um inquérito online a 15.000 utilizadores e explorar as suas tendências de atualização de dispositivos. A amostra incluiu 1.000 entrevistados no Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha; e 500 em EUA, Holanda, Áustria, Portugal, Roménia, Emirados Árabes Unidos, Turquia, África do Sul, China, Índia, Austrália, Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e Rússia. Todos os entrevistados utilizavam computador, smartphone e/ou tablet na sua vida pessoal ou profissional, e 76% dos entrevistados estavam empregados no momento da entrevista.