A Kaspersky apoiou a INTERPOL com dados de inteligência de ameaças na sua operação Africa Cyber Surge II, que permitiu aos investigadores identificar infraestruturas comprometidas e deter agentes de ameaças suspeitos de cibercrimes na região africana. A operação resultou na detenção de 14 perpetradores e na identificação de atividades criminosas em infraestruturas de rede, que geraram prejuízos financeiros de mais de 40 milhões de dólares.

A operação Africa Cyber Surge é um esforço contínuo de várias partes interessadas destinado a combater o cibercrime e a proteger as comunidades na região. A primeira parte da operação Africa Cyber Surge, na qual a Kaspersky também participou, foi levada a cabo de julho a novembro de 2022 e resultou numa série de atividades operacionais e de investigação contra os agentes de ameaças por detrás dos cibercrimes na região africana. 

Esta operação foi lançada em abril de 2023 e teve a duração de quatro meses, abrangendo 25 países africanos. A ação foi levada a cabo pela Direção de Cibercrime da INTERPOL, sob os auspícios do Gabinete de Operações de Cibercrime da INTERPOL África, e pelo Programa de Apoio da INTERPOL para a União Africana (ISPA) em relação à AFRIPOL. O esforço foi também apoiado pelo Foreign Commonwealth and Development Office do Reino Unido, pelo Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros da Alemanha e pelo Conselho da Europa.

Juntamente com outros parceiros do sector privado da INTERPOL, a Kaspersky partilhou com a agência internacional indicadores de compromisso (IoCs), incluindo servidores de comando e controlo maliciosos, ligações e domínios de phishing e IPs fraudulentos. Como resultado, a INTERPOL simplificou a cooperação entre as agências africanas de aplicação da lei para investigar e desmantelar os cibercriminosos suspeitos de ciberextorsão, phishing, comprometimento de correio eletrónico empresarial e burlas online.

"A operação Africa Cyber Surge II levou ao reforço dos departamentos de cibercrime nos países membros, bem como à solidificação de parcerias com intervenientes cruciais, como as equipas de resposta a emergências informáticas e os fornecedores de serviços Internet. Isto contribuirá ainda mais para reduzir o impacto global do cibercrime e proteger as comunidades da região", afirmou Jürgen Stock, Secretário-Geral da INTERPOL.

"Na sua missão de construir um mundo mais seguro, a Kaspersky tem vindo a dar a devida importância à cooperação multilateral, envolvendo o sector privado, a aplicação da lei internacional e as autoridades nacionais", comentou Yuliya Shlychkova, Diretora de Assuntos Públicos da Kaspersky. "Só através de uma parceria público-privada eficaz, podemos dar um impulso ao reforço da indústria de cibersegurança na região africana para garantir que os países africanos podem realizar o seu potencial extraordinário sem obstáculos e sem ter em conta os cibercrimes."

"À medida que os sistemas digitais, as Tecnologias de Informação e Comunicação e a Inteligência Artificial ganham proeminência, é urgente que os atores públicos e privados trabalhem lado a lado para evitar que estas tecnologias sejam exploradas pelos cibercriminosos. Operações coordenadas como a Cyber Surge são necessárias para interromper as redes criminosas e construir níveis de proteção individuais, organizacionais e de toda a sociedade", sublinhou o Diretor Executivo Interino da AFRIPOL, Embaixador Jalel Chelba.

A partilha de dados entre a Kaspersky e a INTERPOL faz parte de um acordo de cooperação de cinco anos, assinado por ambas as partes em 2019, que também prevê a prestação de apoio e formação em recursos humanos à agência de aplicação da lei. Desde a assinatura do documento, a Kaspersky e a INTERPOL têm mantido uma dinâmica positiva de operações conjuntas destinadas a combater a cibercriminalidade e projetos de sensibilização para ajudar as pessoas a tornarem-se mais conscientes dos riscos cibernéticos modernos.


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